A busca de uma convenção para medir riquezas e para trocar mercadorias é quase tão antiga quanto à vida em sociedade. Ao longo da história conhecemos vários métodos que foram utilizados para mensurar o valor, como o chocolate, entre as astecas, o bacalhau seco, entre os noruegueses na Idade Média, e as mulheres escravizadas, entre os antigos irlandeses.
No início da civilização, o comércio era baseado no escambo, ou seja, na troca de mercadorias, todavia no século VII a.C. os gregos tentaram criar algo que padronizasse um valor, como foi abordado pela arqueóloga Maria Beatriz Florenzano, da Universidade de São Paulo: “Foi uma invenção revolucionária. Ela facilitou o acesso das camadas mais pobres às riquezas, o acúmulo de dinheiro e a coleta de impostos – coisas muito difíceis de fazer quando os valores eram contados em arrobas ou imóveis, assim foram criadas as primeiras moedas feitas de ouro ou de prata”.
As moedas fabricadas da forma como conhecemos hoje, com peças representando diferentes valores, geralmente em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia), no século VII A. C. Por meio de pancadas era possível passar para a peça as características desejadas utilizando um objeto pesado (martelo), em primitivos cunhos.
Já a utilização do papel-moeda tem uma origem mais controversa, pois os mercadores chineses começaram a usar dinheiro de papel na dinastia Tang (que se estendeu de 618 a 907 d.C.). Na época, a introdução de cédulas de papel, as quais podiam ser trocadas por moedas ao fim de uma longa jornada, foi muito vantajosa. O papel diminuía a carga dos comerciantes, permitindo que transportassem grandes quantias de dinheiro a distâncias consideráveis. A prática assumiu proporções nacionais no século X, quando um corte no fornecimento de cobre obrigou o imperador da dinastia Song a colocar imediatamente em circulação as primeiras cédulas do mundo, porém não se espalharam para outros lugares e caíram em desuso no fim do século XIV.
Posteriormente, em 1661, na Suécia, as notas apareceram na Europa, se espalharam e tomaram proporções mundiais retirando o espaço do escambo que era praticado na época e formando os primeiros bancos reconhecidos oficialmente, na Suécia, em 1656; na Inglaterra, em 1694; na França, em 1700 e no Brasil, em 1808.
Após o surgimento dos bancos, esses assumiram a função de emitir moedas de papel, chamadas de Bilhetes de Banco. Os primeiros recibos brasileiros foram emitidos pelo Banco do Brasil em 1810, em que o preenchimento do valor era feito igual aos cheques, à mão. Por meio das moedas, muitas personalidades já foram homenageadas. A moeda brasileira já foi nomeada como Réis, Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro Real e, o Real, atual moeda implementada desde 1994. Também existiram diferentes modelos, tamanhos e dispositivos de segurança usados na fabricação das cédulas. O design atual possui em um dos lados a efígie simbólica da República e no outro lado, os animais da fauna brasileira.
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