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História da OI


Privatização da Telebrás

Em 1998, ocorreu um grande evento no país, a privatização do setor de telecomunicações durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, sendo o sistema de telefonia da Telebrás vendido por R$22 bilhões em doze lotes consecutivos na bolsa de valores do Rio de Janeiro. A privatização ocorreu pois os serviços prestados não eram acessíveis para a população o que, em parte, era verdade, pois o tempo médio de espera era de 2 a 5 anos para obter uma linha telefônica e os valores eram elevados.


A venda resultou na criação de doze outras empresas, divididas em telefonia fixa, telefonia móvel, telefonia a longa distância e serviço de dados. Tal articulação só foi possível graças à Lei Geral das Telecomunicações, promulgada em 16 de julho de 1997, tratando dos direitos e deveres dos usuários nacionais de todos os tipos de serviços de telecomunicações.


Nascimento da OI


Após a privatização, duas das 12 empresas, a Tele Norte Leste (dona da marca OI) e a Telemar, foram vendidas para uma holding (Andrade Gutierrez e La Fonte), porém a venda não foi feita somente com o capital da holding, houveram fundos de pensão e do Governo Federal pelo BNDES. Com o tempo, surgiu a ideia de juntar as duas empresas, já que apresentavam os mesmos sócios, transferindo o controle da futura empresa OI para Telemar. Um ponto a se considerar é que a Tele Norte Leste, apresentava uma dívida de R$ 5 bilhões no momento da junção.


Em 2009, o BNDES e o Banco do Brasil apoiaram financeiramente a Telemar a comprar, uma das 12 empresas formadas pela privatização da Telebrás, a Brasil Telecom. Tal compra foi tão significativa que a Anatel, considerou o maior movimento do setor desde a privatização da Telebrás. Devido à grande escala da aquisição, o nome da companhia formada foi OI.


Vale ressaltar para a história da empresa que devido a todas essas compras e vendas, a OI acumulou muitas dívidas durante sua trajetória, somente a Brasil Telecom havia R$3 bilhões em passivos judiciais sendo vendida para a Telemar por R$ 6 bilhões.


Portugal Telecom


Analisando uma das etapas mal sucedidas da Oi, tivemos em 2013, a empresa portuguesa Portugal Telecom (PT), que vendeu toda sua participação na VIVO, para se tornar sócio na Oi. Nesse momento a dívida da PT ultrapassava os R$ 40 bilhões, dessa forma a negociação para ser benéfica obteve um planejamento prévio de ser realizado em algumas etapas.


Até a incorporação estava acordado que a portuguesa deveria aumentar o capital da OI, por meio de R$ 8 bilhões captados na bolsa e R$ 6 bilhões em ativos da PT, foram alcançados R$ 14 bilhões para esse aumento proposto. Porém, dos R$ 6 bilhões em ativos, metade foram investidos em títulos da empresa Rio Forte, pertencentes ao mesmo grupo que a Portugal Telecom. O investimento não foi informado na negociação, o que gerou um problema de comunicação, visto que a Rio Forte quebrou e não pagou a dívida de R$ 3 bilhões. Devido a essas complicações e outras, o resultado foi um aumento ainda maior da dívida da empresa.


Recuperação Judicial

O futuro seria conturbado após todos esses acontecimentos com a OI, agravado ainda devido à má gestão, diversas trocas de presidente na empresa e também as mudanças na estratégia de negócio, em que em uma gestão o foco era o segmento pré-pago e na outra o pós-pago.

Em 2016, os pedidos de recuperação judicial foram aprovados, quando a companhia apresentou uma dívida de R$65,4 bilhões, e até hoje a empresa se encontra em Recuperação Judicial, apresentando dificuldades para pagar suas dívidas, podendo aumentar os prazos e também renegociar, tudo isso para evitar a falência . A empresa conseguiu reduzir sua dívida de R$ 45 bilhões, para R$ 14 bilhões em 2018 e neste ano foi aprovada a venda da Oi móvel, para as principais rivais, VIVO, TIM e Claro, por R$ 16,5 bilhões, esperando o fim da recuperação judicial.

Por fim, depois de 6 anos de duração, em dezembro de 2022 o processo se encerrou, sendo a maior recuperação judicial da América Latina e o mais impactante brasileiro, onde foi declarado que a OI cumpriu todas as obrigações do plano de recuperação.



Oi na Bolsa de Valores

A Oi fez seu IPO, em 2012 e sua queda já foi maior que 99%, a empresa é uma das mais comentadas pelos investidores pessoa física, já que é a 4ª empresa com maior número desses investidores, onde já foi a 2ª há poucos anos. Com as informações que temos podemos perceber que a empresa não está muito certa em relação ao seu futuro, visto que por um bom tempo vem caindo muito, porém com o fim da recuperação judicial é esperado uma melhora em relação a empresa.


Algumas informações sobre a Oi do site da Infomoney e histórico do preço da ação:




Sigla: OIBR3

Tipo: Ações

Setor: Telecomunicações




Fontes: Infomoney e Google Finance


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