Você já dever estar cansado de ver nos jornais que a Covid-19 vai fazer isso ou aquilo na economia, mas já parou pra pensar o porquê disso? Como isso pode afetar direta ou indiretamente sua vida? E quais os setores da economia que sofrerão mais com essa pandemia?
Já falamos aqui como a bolsa está sendo afetada, mas agora vamos tentar entender um pouco mais como o dia a dia financeiro do país será afetado. Você deve entender que toda pandemia gera certo nível de paralisação em diversos setores da economia e que isso não acontece só no Brasil, mas, sim, em todo o mundo.
Primeiramente, qual a importância da China nesse processo? Em 2018, a China concentrou cerca de 18% do PIB mundial (ajustado pela paridade do poder de compra), sendo o destino de 30% da exportação brasileira atualmente. Além disso, ela produz mais de 20% de todos os bens intermediários manufaturados que são consumidos no mundo. A paralisação incide em todos os setores produtivos, uma vez que grandes centros industriais chineses se encontram inoperantes ou com produção reduzida desde o início da proliferação da doença.
Em nota, o Governo Federal apontou alguns canais que podem ter seus desempenhos afetados, apresentando efeitos transitórios, que podem ser revertidos após o fim da pandemia. Sendo assim, destaca-se a redução das exportações, a queda no preço de commodities e piora nos termos de troca, interrupção da cadeia produtiva de alguns setores, queda nos preços de ativos e piora das condições financeiras e redução no fluxo de pessoas e mercadorias.
A desagregação do ICSPE (Indicador Proprietário de Preço de Commodities) para o Brasil mostra que os produtos cujos preços mais recuaram foram petróleo, café, carne bovina e minério de ferro.
A paralisação da produção chinesa afeta também na produção de manufaturados no Brasil, induzindo uma redução nos estoques.
Os primeiros setores brasileiros afetados, sofreram as consequências provocadas por medidas de precaução da população, como o isolamento. Dentre eles podem se destacar o comércio varejista, transportes e turismo, mediante a diminuição de viagens, reduções de jornada, adoção de home office, paralisação de atividades de escolas, creches, feiras, locais de lazer, lojas e shoppings.
No caso da aviação, as perdas podem chegar a mais de 40% de queda na receita em comparação com o ano passado, com estimativa de US$7,7 bilhões neste ano. Porém outros setores como o agronegócio pode gerar consequências em cadeia, uma vez que este setor é a fonte de matéria-prima para vários outros como as redes de supermercado, restaurantes delivery, empresas farmacêuticas, dentre outros.
O setor de máquinas agrícolas já espera a reação do segundo semestre, uma vez que 60% das vendas são realizadas nessa época, sofrendo um aquecimento entre julho e outubro devido aos investimentos da safra colhida no verão.
Porém, mesmo com tantas perdas econômicas e demissões, algumas oportunidades podem surgir em setores na área da saúde e construção civil. Em nota o Hospital Albert Einstein informou que terá contratação de 599 enfermeiros para trabalhar no hospital de campanha que está sendo construído no Pacaembu, totalizando 42% do total de 1426 vagas da saúde.
Outra tentativa muito utilizada para driblar os problemas no setor alimentício é a entrega delivery, que é o caso da “feira digital” que vem acontecendo no Paraná. Como forma de minimizar os prejuízos, os consumidores conseguem escolher produtos hortifrutigranjeiros com entrega em 24 horas.
“Toda adversidade trás consigo a semente de uma vantagem equivalente”. (Napoleon Hill)
Quer saber mais sobre este
Fontes:
- Nota do governo : http://www.economia.gov.br/central-de-conteudos/publicacoes/notas-informativas/2020/nota-informativa-coronavirus.pdf
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