BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são ativos que representam ações de empresas estrangeiras que são certificados e emitidos no Brasil. São parecidos com valores mobiliários lastreados em papéis de companhias estrangeiras e agora também brasileiras.
Para adquirir-se um BDR é necessário investir em títulos representativos desses papéis e podem ser comprados por meio das plataformas das corretoras, onde os investidores podem escolher quais BDRs irão comprar. Para controlar e assegurar o funcionamento de todo esse sistema existe uma instituição financeira, chamada de depositária, que tem a função de emitir os BDRs no Brasil.
Assim, para uma empresa americana emitir BDRs no Brasil, a instituição depositária precisa adquirir as ações de tal no exterior, e dar lastro ao recibo. Além disso, a instituição deverá manter os papéis bloqueados no exterior, assim será garantido que não haverá um descasamento entre o valor do BDR e do mobiliário no exterior.
Apesar de estar disponível para todos os perfis de investidor é necessário saber que os BDRs possuem os mesmos riscos da renda variável, sendo elas um lastro das ações e dos ETFs negociados em outros países. Logo, é necessário se orientar e conhecer melhor sobre o assunto antes da aquisição.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alterou algumas regras no programa de BDRs, que entraram em vigor no dia 1º de setembro de 2020, nela permite que qualquer investidor brasileiro tenha acesso à compra de BDRs, sabendo que antes essa prática era possível apenas aos investidores com mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras.
Além dessas ações, é possível investir em companhias nacionais que abriram seus capitais fora do país, ou seja, antigamente só era possível a abertura de capital nas bolsas de Nova York, e hoje em dia podem emitir seus BDRs no Brasil pela B3. A nova regra também conta com a emissão de BDRs lastreados em cotas de fundos de índices (ETFs) que eram permitidos ser negociados no exterior. Ainda reduziu as obrigações relacionadas à tradução de informações, que os emissores estrangeiros necessitavam emitir.
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