Você acreditaria se eu te contássemos que as origens da bolsa de valores são remotíssimas e datam da época medieval? Pois é, nesse período já havia indícios da existência da bolsa de valores, em meados dos anos 1285. Nessa época, na Bélgica, alguns nobres se reuniam na casa da família Van der Burse para realizarem negócios.
Naquele período, os prédios eram referidos pelo brasão da família a que pertenciam. No caso dos Van der Burse, haviam três bolsas no desenho do brasão, assim a casa ficou conhecida como algo próximo de “A Casa das Bolsas".
A primeira bolsa de valores foi criada em 1531, na Bélgica. Essa era a chamada Bolsa da Antuérpia, em que títulos de empréstimos eram negociados entre investidores da época. Porém, a primeira ação comercializada em uma bolsa de valores que se tem registro pertenceu à Companhia Holandesa das Índias Orientais e foi negociada em 1602, na Bolsa de Amsterdã.
Você sabia que a Bolsa do Brasil tem mais de 100 anos?
O Ministro da Fazenda Alves Branco, em 1843, visando suprir a política econômica do Estado, criou a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro para a negociação dos títulos públicos. Posteriormente, em 23 de agosto de 1890, o presidente Emílio Rangel Pestana fundou a Bolsa Livre, que foi o início do que seria a futura Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
A Bovespa não era a única bolsa do Brasil naquela época. No início da década de 1960, havia uma bolsa de valores por estado. Essas eram controladas pelas secretarias estaduais de finanças e eram entidades oficiais corporativas. No entanto, em meados de 1965, todas elas se desvincularam da forma pública e passaram a ser associações civis sem fins lucrativos: estavam por conta própria, regulando-se com autonomia financeira e administrativa.
A atualização da bolsa era feita a princípio, pelo pregão viva-voz e era dessa forma que as negociações de compra e venda na bolsa aconteciam. De fato, para esse tipo de pregão acontecer, eram necessários diversos operadores reunidos em um grande salão em que faziam suas compras e suas vendas de ações por gestos e de gritos.
Em 1997, com o avanço da tecnologia, foi empregado o sistema “Mega Bolsa''. Ela trazia uma evolução na qual os comandos de compra ou de venda começaram a ser utilizados de maneira online. Algumas particularidades desse sistema era o fato de que a bolsa de valores precisava de diferentes ambientes para que seus clientes realizassem as suas operações. Além do mega bolsa, por exemplo, o investidor precisaria acessar o Bovespa Fix (caso quisesse investir em títulos de renda fixa) ou o Sisbex (para a compra de títulos públicos).
Esse foi um grande avanço em termos de facilidade para as operações dentro do mercado de capitais e durou até 2015, quando a então Bolsa de Valores (BM&F Bovespa, atual B3) fez o lançamento do seu novo sistema: o “PUMA Trading System.”
Houve, portanto, um grande processo de modernização. Esse novo sistema possibilitou a integração das demais negociações em um único ambiente, facilitando para que o investidor faça suas operações por esse sistema. Além disso, o PUMA Tranding System trouxe outros benefícios em relação à proteção da variação dos preços tornando o sistema muito mais seguro.
Por fim, a B3 – Brasil, Bolsa, Balcão – surgiu após a fusão da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA) com a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP), aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em 22 de março de 2017. Atualmente, é o principal mercado de negociação das empresas existentes no Brasil e em 2017 foi analisada como a quinta maior bolsa de mercado de capitais e financeiro do mundo.
E você, já sabia desse sistema pregão viva-voz? Sabe alguém que teve a oportunidade de vender ou comprar ações nessa época? Conta para a gente =)
Fontes:
https://bit.ly/3cgMQLh
https://bit.ly/3skABTK
https://bit.ly/31ceink
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